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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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A idealização

Por Luciana Saddi
21/10/13 09:20

A idealização é um processo psíquico que eleva em demasia as qualidades do outro ou valoriza excessivamente um conjunto de ideias e até uma instituição.  É comum haver uma identificação imediata entre quem valoriza e o que é valorizado. Ou seja, quando idealizamos algo ou alguém pegamos uma carona no sentimento de perfeição e nos sentimos um pouco perfeitos também.

O processo de idealização é herdeiro de um processo anterior, o narcisismo, quando toda a energia psíquica e todo o amor se concentram no próprio sujeito.

Na vida amorosa e no apaixonamento a idealização se faz presente de forma aguda, pois hipervalorizamos os destinatários de nossos mais elevados sentimentos e, frequentemente, não enxergamos seus defeitos ou faltas. Nossos amados começam perfeitos, mas podem cair do pedestal em pouco tempo, de acordo com as frustrações da expectativa de perfeição  que temos.

Mas não é somente na vida amorosa que a idealização se faz presente. Observamos seus traços  em inúmeras circunstancias como: na criação dos filhos, na expectativa de um líder carismático funcionando como um pai protetor e nos sentimentos e convicções religiosas.

No entanto há uma contrapartida um tanto funesta desse processo, a denegrição. Esta ocorre pela inversão total e completa das expectativas de perfeição. É quando o ente amado passa do status de grande salvador para o de um malfeitor perigoso. Torna-se odiado, seus defeitos são exagerados e suas qualidades obscurecidas. A diferença entre o melhor e o pior reside num simples sinal negativo. O sinal de menos colocado na frente do que foi engrandecido sem lastro, por pura necessidade narcísica de quem inflou algo ou alguém.

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Comentários

  1. Gilvano Antonio Araujo comentou em 21/10/13 at 17:28

    Muito bom o texto! Luciana, podemos fazer alguma coisa quando percebemos que estamos idealizando uma pessoa ou só o tempo pode desnudar a pessoa idealizada?
    obrigado!

    • Luciana Saddi comentou em 21/10/13 at 19:16

      podemos “tirar o pé do acelerador” mas nem sempre é fácil.

  2. sergio felicissimo silva comentou em 21/10/13 at 23:39

    Ficar fora do eixo é sempre prejudicial…O ser humano é um conjunto de qualidades e defeitos…Importante é amar compulsivamente, mas sem expectativas…

  3. sergio felicissimo silva comentou em 21/10/13 at 23:51

    Pior é amar e “contabilizar” o amor … Se eu dedico 100% por que o outro só me retorna 99%???…É medíocre pensar assim…

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