Ciúmes dos irmãos
11/09/13 10:22Quando os irmãos chegam, ou mesmo quando uma criança se sente ameaçada com a vinda de primos e amigos, o que está em jogo é a disputa pelo amor dos pais.
Imagine o que você sentiria se seu marido voltasse do trabalho trazendo outra mulher e lhe dissesse: – meu bem, te amo tanto que resolvi trazer mais uma esposa para casa!
É assim que muitas crianças se sentem diante da vinda de um novo irmão. Sentimentos de raiva, de menos valia e medo de perder o lugar já conquistado prevalecem. Com o passar do tempo sentimentos de amor podem se fazer presentes.
A chegada dos novos rivais não aguça apenas a forte rivalidade infantil, aguça também a ambivalência entre o amor e o ódio, aumentando ainda mais o sofrimento daquele que se viu ameaçado pela perda do amor dos pais.
Por mais raiva que a criança sinta desse pequeno irmão ou grande rival, ela também o ama e também percebe que seus pais esperam dela um sentimento bom e de cuidado para com o recém-chegado.
Fortes conflitos entre o amor e os impulsos agressivos levam ao sentimento de culpa e ao desejo de oferecer alguma compensação por um dano real ou imaginado.
Na vida adulta encontramos essa mistura de sentimentos não apenas em relação aos nossos irmãos, também em nossas relações sociais e no desejo de compensar e reparar tão forte para algumas pessoas. Muitos dos nossos comportamentos são moldados nos padrões infantis, nascidos de conflitos poderosos quando os sentimentos eram vividos de forma absoluta e sem disfarce algum.
e?????? qual a novidade no que foi relatado??? como trabalhar o ciúme excessivo do irmão mais velho? como cuidar de fortalecer os vinculos de amizade e principalmente de respeito dos irmãos???
Essas abordagens que seriam interessantes de serem ditas aqui.
por enquanto a Dra. só chvoeu no molhado…
Será mesmo, Luciana, que nossos conflitos são todos baseados no que aconteceu na nossa infância? Vc parece que esquece que o aparelho psíquico freudiano não tem como ser medido, não tem como ser verificado. Não há uma padronização universal sobre a mente. Teorias e mais teorias… Materialismo demais, empirismo cego esse. Parecem dizer que o homem não pode se superar, melhorar. Realmente não entendo a psicanálise. Se tudo é fruto de reações que marcam a tábula rasa, como um processo terapêutico pode ajudar alguém? Se uma terapia pode funcionar, significaria que toda a teoria psicanalítica foi por água a baixo. Afinal, se tudo é uma reação ao meio ambiente da infância, não há como escapar do empirismo.
Algumas dessas idéias aqui propagadas são de um simplismo que corrói a alma. Freud é um lixo irrestrito. Não é a toa que nos EUA a psicanálise quase não tem espaço. É um religião tão cega em si quanto qualquer dogma que se vale do maniqueísmo e do materialismo para se justificar.
nao é nada disso! simplismo é nao levar em conta a vida mental e suas bases infantis.
Eu não disse que não se deve levá-las em contas. Disse apenas que levá-las unicamente tira do homem a perspectiva de se superar. É isso. Base infantil do psiquismo como explicação pra tudo é infantilismo… Maniqueísmo é o tipo de coisa que impede que o caminho do meio seja discutido. Psicanálise é isso… Só um extremo, só uma ponta. Não chega a lugar a algum, ao fim, de acordo com o que se propõe…
nada disso, voce quer um manual de instrucao apenas, nao se dispoe a pensar ou a procurar uma resposta, um meio particular e singular de lidar com as proprias emocoes. vc quer as respostas sem ter o trabalho de se conhecer e aí a culpa é da psicanálise? Conhecimento e cura sao coincidentes para os psicanalistas e a funcao terapeutica da análise advem da possibilidade de expor as condicoes do homem e seus sofrimentos. infantil é a sua posicao de ataque sem conhecimento. Reconhecer a importancia da infancia na vida mental é diferente de afirmar que a infancia é um absoluto imutável – essa sua leitura está enganada.
Mas do que adianta existir autoconhecimento quando se é materialista, empirista? Quem vende a idéia de um manual de instrução é a psicanálise que, de certa forma, diz que conhecendo essa estruturas ficcionais (aparelho psiquíco) que ela acredita existir, haverá uma melhor maneira de lidar com os próprios sofrimentos. Ou seja, não há mudança, superação, apenas aceitação de algo que é intrínseco. E aí é que entra a contradição, se existe algo intrínseco ao homem, que ele deva aceitar e entender para se superar, ele nada pode fazer. E aí a psicanálise perde toda a sua função. Não consigo conceber um fim da dor sem uma mudança. É apenas aceitação do insconciente que a psicanálise vende, não é? Ou estaria eu sendo maniqueísta e a reduzindo a algo ficcional. Por que a impressão que tenho é que apenas se tenta vender a idéia da tábula rasa de maneira pseudocientífica. Onde estão as provas, tão essenciais ao materialismo?
Primeiro: a propria aceitacao é uma mudanca e pode gerar mudancas. Mas quem muda é o analisando de acordo com ele mesmo, é uma questao ética, as mudancas, quando ocorrem, devem seguir a “agenda” do paciente e nao algo adptativo e aceitavel socialmente. Ninguem disse que nao pode haver superacao, mas a superacao como todo o resto é uma questao singular. Algumas vezes nao há superacao também.A ficcao é tao real quanto qualquer outra construcao humana inteligivel ou nao. A ficcao tem estatuto de verdade, porque psicanalise é um instrumento para criar sentido e nao para criar VERDADE universal!
Quanto as provas, sugiro ler o artigo, A biologia e o futuro, de Kandel (neurocientista e prêmio Nobel, que afirma que as neurociências confirmam as descobertas da psicanálise, mas lamenta que essa tenha perdido seu poder criativo, por não ter desenvolvido “métodos objetivos de experimentação das idéias brilhantes que formulou”. E também o livro, Pesquisando com o método psicanalitico. Sua questao é sobre o método da psicanálise, nao? No meu blog há um artigo em que discute o método, creio que se chama: psicanálise e pesquisa.
E como posso conhecer algo que não posso medir? Quais as medidas da psicanálise? Meia dúzia de pacientes freudianos e a partir disso a humanidade passa a compartilhar características universais. Realmente… Contradição atrás de contradição. Cada dia mais tenho fé em Jung.
A escolha de uma linha de trabalho psicoterapeutico nao é uma questao de fé, é uma questao de afinidade!