Gracias a la vida
28/08/13 09:41É comum pensarmos que os pais revivem sua própria infância na de seus filhos e netos. Os que tiveram condição de usufruir dos prazeres da vida parecem mais capazes de acreditar e investir na continuidade da mesma.
Entender que novas gerações serão lançadas ao mundo, que fazemos parte da grande família humana, tendo em comum uma espécie de árvore genealógica sem fim, se torna fundamental para suportar o envelhecer e a finitude.
Resignação à passagem do tempo e ao caráter transitório da vida se faz necessário para aproveitar a presença dos pequenos e com eles sentir um bom gosto de infância.
A felicidade experimentada quando somos crianças e o amor pelos cuidadores enriquecem a nossa personalidade e se tornam uma base de apoio importante no envelhecimento. Dizia Goethe: O mais feliz dos homens é aquele que pode harmonizar o fim e o começo de sua vida.
Estabelecer dentro de si, com firmeza, a capacidade de amar mitiga as perdas e privações da vida adulta. A generosidade com as crianças e com as novas gerações se faz possível dentro dessa perspectiva amorosa. A gratidão é sua mais fina e elevada expressão, talvez por isso, seja o mais raro dos sentimentos. Implica em aceitar não ter nem ser tudo e também aceitar receber algo bom de alguém, que deu porque quis, por amor e bom grado. Dai só nos resta agradecer a vida que tanto nos deu