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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Somos livres?

Por Luciana Saddi
07/08/13 10:09

Internauta: Sou estudante de psicologia e tenho grande interesse pela psicanálise. Gostaria de saber qual caminho trilhar para ser psicanalista. Se possível também queria que você explicasse como a psicanálise vê a questão do livre arbítrio. Somos livres para fazer nossas escolhas sob o ponto de vista da psicanálise?

Luciana: Um analista se forma de maneira análoga à formação de um artista. O modelo do ateliê me parece ser o mais interessante para preservar e aguçar a criatividade e a capacidade crítica necessárias ao bom clínico. Sugiro fazer grupos de estudos e supervisões, ler bastante e conhecer diversos autores e escolas, depois escolher um centro de formação de analistas. É fundamental ter análise pessoal, nenhum analista pode prescindir de muitos anos de análise, se possível com alta frequência semanal. O sujeito de sua formação é você – nunca se submeta a grupos, escolas e ideologias – nem se esqueça do que te levou à psicanalise.

Freud dizia que somos sobredeterminados pelo inconsciente, sendo assim, muitas de nossas escolhas não seriam consideradas livres, pois sua força motora nos é desconhecida.  Portanto, ao falarmos em liberdade devemos falar em autoconhecimento e em responsabilidade. Conheça a si mesmo e terá mais condição de escolher e menos de repetir o sofrimento neurótico e estéril. Mesmo assim nada evita o sofrimento natural, advindo das perdas e frustrações da vida.

“Para vir a ser um laboratório científico, nosso consultório deve ser primeiro um estúdio artístico. A Psicanálise é assim: sendo arte, é ciência; querendo imitar a ciência, vira rotina.”

Fabio Herrmann, “Clínica extensa”. In. A Psicanálise e a Clínica Extensa. Org. Leda Barone et alt. Casa do Psicólogo, 2005, p. 26.

Dica: Freud: uma vida para nosso tempo, biografia realizada pelo historiador, Peter Gay. Por vezes é extensa demais e detalhada em excesso, mas não deixe de conhecer a vida de Freud, sua família, suas relações, a cidade onde viveu, sua formação, suas dificuldades profissionais. Seu modo de perseguir a verdade é o melhor modelo que temos, nem sempre precisamos acreditar em suas ideias, ele mesmo nunca deixou de se questionar e de reformular os pensamentos.

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Comentários

  1. Nívia comentou em 07/08/13 at 11:30

    Sou uma pessoal altamente responsável e com plena consciência de minhas escolhas. Nada encaro ou decido sem que seja com bastante seriedade. Minha vida é séria! Meu trabalho é sério! Minhas escolhas são sérias.
    Minha postura frente â vida de um modo geral é bastante séria!
    Sou livre e como tal decido com total liberdade sobre o que é bom ou ruim para mim. No geral o saldo está positivo por tal conduta frente á vida!

  2. Álvaro Luiz Gomes comentou em 07/08/13 at 19:17

    Há alguns anos atrás li um texto de Carl Rogers sobre a liberdade (Liberdade de aprender em nossa década – 2a Ed, cap 15). Ele não menciona o sub-consciente (ele não é psicanalista) mas menciona o meio ambiente e em algumas situações a genética. Bom, ao final sua conclusão é que sim,o homem pode ser livre, mas precisa se conhecer para libertar-se das influências do meio. Leiam este texto. É muito boa a maneira como ela coloca suas ideias!

    • Luciana Saddi comentou em 07/08/13 at 21:26

      acredito nisso, nao vejo uma liberdade idealizada a la Sartre, mas vejo que a liberdade é uma condicao humana e por isso deve ser bem administrada por nós!

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