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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Estratégias para levar alguém a se tratar psicologicamente

Por Luciana Saddi
28/05/13 11:27

Sabemos que é muito difícil levar alguém a se tratar. Se fosse uma doença física seria menos complicado, pois transformações no corpo seguidas de dor geram medo. O medo e a dor são excelentes aliados para adesão a um tratamento.

A resistência à psicoterapia começa antes de se lançar qualquer dispositivo terapêutico ou psiquiátrico, pois há mecanismos mentais que dispersam o sofrimento e a angústia. Quando se trata de dor psíquica os mais necessitados são os que menos percebem o próprio estado de ruína mental. Esse é um dos paradoxos de meu ofício. Quem mais precisa de análise não se trata, se defende, projeta, acusa, nega, se torna arrogante e prepotente – não aceita ajuda nem reconhece haver um mundo mental interno. Faz os outros sofrerem e sequer nota as próprias emoções e afetos. Quem tem boa dose de saúde mental está apto a perceber a importância de enfrentar o sofrimento numa análise.

Quando alguém se recusa a perceber a gravidade de sua própria situação mental, ocorre uma espécie de enlouquecimento familiar, por isso é importante frequentar sessões de terapia de família até que o doente identificado possa sentir a preocupação que os outros sentem por ele.

Para levar alguém a se tratar é fundamental despertar angústia, dor e medo, mas sem fazer terrorismo. É mais produtivo falar sobre as próprias aflições do que dizer o que o outro deve fazer. Pedir ajuda para entender o que acontece funciona melhor do que impor sua verdade. Procure tornar o outro um aliado na busca de entendimento da situação. Vá ao psiquiatra ou psicanalista primeiro, depois você poderá obrigá-lo a ir, desde que o leve pela mão, pois ele não consegue buscar ajuda por conta própria.

Essas são algumas estratégias para despertar a consciência e levar alguém a se tratar. Caso não resultem em nada peça orientação para um profissional.  

 

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Comentários

  1. Gilberto Santos comentou em 28/05/13 at 13:11

    Graças a Deus também sou psicologo, embora sem diploma sei o significado da psicologia e o que a matéria quer gerir no conteúdo. Não se preocupe comigo, pois amo escrever, este dom foi me concedido pelo próprio Deus para ajudar a sociedade. Espero somente a justiça, porém, enquanto viver meu trabalho é reeducar vidas a serem melhores. Leia nossos artigos e projetos. vilma.lindastar@hotmail.com.

  2. Iltan comentou em 28/05/13 at 13:22

    Exelente dica, muito bem fundamentada,e de grande ajuda,Parabésn pela iniciativa muito útil tanto para o doente mental,como para todos os que com ele convive.

    • Janete comentou em 28/05/13 at 15:30

      Preciso de ajuda

  3. Michela comentou em 28/05/13 at 13:36

    O texto levanta uma questão muito importante, mas a frase: “Vá ao psiquiatra ou psicanalista primeiro” deveria ser substituída por “Vá ao psiquiatra ou psicoterapeuta primeiro”.

  4. jose comentou em 29/05/13 at 5:45

    Ah não, Luciana. Quarta ou quinta vez que vc posta esse texto. Pare de se repetir. Larga a mão de preguiça. Avisa ao menos que está se repetindo. É chato ter que um texto duas vezes e descobrir que já o leu.

  5. Renata comentou em 29/05/13 at 23:08

    Excelente! Não há problema em ser repetido.

  6. Chica comentou em 07/06/13 at 1:18

    Talvez o texto repetido não seja útil para alguns, mas para mim, que estou lendo-o pela primeira vez, representa um bálsamo.
    Respondeu uma dúvida, pois passo por situação parecida, a de não conseguir alcançar alguém que precisa de acompanhamento terapêutico ou psicanalítico.
    Valeu !!!!

    • Luciana Saddi comentou em 07/06/13 at 10:14

      os internautas nao leem o blog inteiro, entram num determinado dia e consomem os posts daquela semana! Por isso, alguns posts sao repetidos. obrigada

  7. Sonia Soussumi comentou em 02/07/13 at 11:06

    Luciana , fiquei muito contente em ler estas importantes palavras, porque sabemos que é dificílimo falar de psicanálise em um canal tão amplo, onde diferentes mentalidades irão ler.
    Alguns, lidam com o ” isso você já falou..”, também quando estão em análise, não é? Faz parte da resistência, como você mesma escreveu…
    Outros, aproveitam o repetido para a reflexão, porque a própria chateação com o repetido já é um sinal de que algo está acontece do internamente,não?
    De qualquer maneira, parabéns pela sua facilidade em comunicar-se com o público de forma tão simples, didática e ao mesmo tempo verdadeira e profunda!
    Abs, Sonia Soussumi

    • Luciana Saddi comentou em 02/07/13 at 13:02

      Obrigada Sonia. Você é minha colega há muito tempo, fizemos seminários juntas durante a formação na SBPSP, eu a respeito muito, portanto suas palavras aqui me dão um incentivo muito grande!

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