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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

Perfil completo

Poema para pensar sobre o peso do amor

Por Luciana Saddi
01/03/13 10:45

Agradecimento

 

Devo muito

aos que não amo.

 

O alívio de aceitar

que sejam mais próximos de outrem.

 

A alegria de não ser eu

o lobo de suas ovelhas.

 

A paz que tenho com eles

e a liberdade com eles,

isso o amor não pode dar

nem consegue tirar o amor na entend

 

Não espero por eles

andando da janela à porta

Paciente

quase como um relógio de sol,

entendo o que o amor na entende,

perdoo,

o que o amor nunca perdoaria

 

Do encontro à carta

não se passa uma eternidade,

mas apenas alguns dias ou semanas.

 

As viagens com eles são sempre um sucesso,

os concertos assistidos,

as catedrais visitadas,

as paisagens claras.

 

E quando nos separam

sete colinas e rios

são colinas e rios

bem conhecidos dos mapas.

 

É mérito deles

eu viver em três dimensões,

num espaço sem lírica e sem retórica,

comum horizonte real porque móvel.

 

Eles próprios não veem

quanto carregam nas mãos vazias.

 

“Não lhes devo nada” –

diria o amor

sobre essa questão aberta.

 

Wislawa Szymborska – poemas, Ed. Companhia das Letras.

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Comentários

  1. Geraldo R. Barbosa comentou em 03/03/13 at 22:49

    Não entendi esta poesia mas lhe envio uma, se gostar publique.
    Estou escrevendo-a agora. 03/03/2013 às 22:13 hs.

    O amor não pode ser visto
    mas é sensívelmente sentido,
    o amor não pode ser visto,
    apenas nos priva de outros sentimentos.

    O amor nos leva ao extremo das emoções
    deixando-nos a mercê de ilusões,
    ele nos priva de outros sentimentos
    nos leva aos descuidos de movimentos.

    Movimentos estes que nos envolvem e alucinam,
    que abrem portas, nos envolvem e
    simplesmente nos dominam.

    O amor nos dignifica em todos os sentidos,
    nos amadurece e tambem nos fortalece,
    faz com que estejamos vivos,
    faz da companhia o par que nos enobrece.

    O amor nos priva de sentimentos.
    Nos traz a riqueza de visualizar a vida em dimensões expresivas,
    nos coloca além do surreal e nos faz viver a vida em intensa harmonia, nos faz bem e também, nos faz mal.

    Surpreende a vida, os olhares e as
    espectativas,
    nos transforma em tesouros lapidados,
    reluzindo uma luz divina que em divindade nos dá, o dom de gerar uma nova vida.

    O amor não pode ser visto,
    mas é sensívelmente sentido.

    Geraldo Rodrigues Barbosa
    (31) 9621-5157

    • Luciana Saddi comentou em 04/03/13 at 13:13

      nao gostei do seu poema. Mas tái quem sabe alguém gosta!

  2. Guilermina A. comentou em 10/03/13 at 21:42

    A alegria de não ser eu

    o lobo de suas ovelhas.

    melhor estrofe! …para pensar muito….e desapegar!

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