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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Fatores psicológicos relacionados à depressão.

Por Luciana Saddi
31/01/13 10:04

A depressão pode ser caracterizada por cansaço constante, autodiminuição, lentificação, medo e desistência. Autocritica extrema e punitiva, agressões e explosões também podem fazer parte desse quadro.

Inúmeras causas podem gerar os sintomas depressivos. Há causas orgânicas que merecem cuidados psiquiátricos, há condições psíquicas que permitem que a depressão se instale e há reações emocionais frente aos acontecimentos da vida.

Somente a observação minuciosa permite a construção de um diagnóstico singular, capaz de discriminar as variáveis envolvidas nesse quadro. Mesmo assim, há alguns fatores que não devem ser menosprezados em boa parte dos sintomas depressivos.

a)  Culpa – o sentimento de culpa leva o sujeito a buscar o fracasso.  O êxito pode ser assustador, é comum não suportarmos os triunfos ou jogarmos as vitórias fora.

b)  Medo – desejo intenso combinado ao medo de fracassar levam a autodiminuição e ao menosprezo. Antes de iniciar a conquista a pessoa já afirma para si que não conseguirá, justificando o fracasso por autodesqualificação.

c)  Masoquismo moral – prazer em sofrer humilhação e maus tratos. Buscam-se posições inferiores, contentam-se com muito pouco e não lutam por obter algo melhor para si.

d)  Perdas – dificuldade em lidar com separações, perdas e morte, que podem ser resumidas assim: você enterra o objeto perdido e elabora o luto ou se enterra junto com ele e se mata simbolicamente.

e)  Privação – Pouco investimento amoroso por parte de pais e cuidadores colabora com a baixa autoestima.

Esses fatores se combinam com pesos e medidas diferentes. Há outros que serão descobertos na situação clínica. A psicanálise procura ver cada um em sua radical singularidade.

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Comentários

  1. ivete comentou em 31/01/13 at 12:06

    gostei muito do comentario estou com depressaão

  2. LUIZ FERNANDO MARTINS comentou em 31/01/13 at 12:23

    Essa configuração psicológica típica da depressão, repercute no fisiológico, gerando também uma configuração bioquímica que retro-alimenta a configuração psicológica e vice-versa?

    • Luciana Saddi comentou em 31/01/13 at 12:39

      creio que sim! mas, nem sempre há uma reacao satisfatória aos antidepressivos, como também nem sempre a psicoterapia ajuda a sair da depressao!

  3. Wiliam comentou em 01/02/13 at 8:18

    Estes fatores estão bem colocados, pois são os labirintos onde as pessoas são atraídas ou lançadas para desenvolverem lentamente a depressão.
    Tenho algumas pessoas na família que passaram por depressão, se trataram e levam a vida num novo estágio. Os fatores desencadeantes foram à morte de ente e outro foi rompimento inesperado de relacionamento por traição.
    Venho observando esta “doença” há nove anos com muito empenho e sei que ela só existe em grande quantidade porque vivemos um estilo de vida onde somos indiferentes ao próximo, tendemos a ser rasos em amar o próximo, tememos por viver numa sociedade onde há desconfiança de ser prejudicado, somos praticamente estimulados pela torrente de informações motivacionais para estimular ao consumo de imagens, produtos e serviços que não precisamos e entulhamos nossas vidas em mentes com aquilo que não é necessário.
    Enquanto isso, ao passar do tempo, inevitavelmente nosso interior é reduzido porque aquilo que de fato gostaríamos de fazer foi mirrado e nunca fazemos porque o nosso estilo de vida é alicerçado numa indiferença invisível, mas real a título de entidade. Nós pensamos em visitar aqueles grandes amigos, mas a gente se da conta que as prioridades são os afazeres como ganhar dinheiro, colocar o pão na mesa e satisfazer o indivíduo somente sem se arriscar pelo próximo em nenhum momento praticamente.
    Vamos desistindo de fazer nossas reais vontades e nos lançamos à indiferença. A indiferença é uma má qualidade da sociedade responsável por muitas de nossas mazelas, inclui a depressão.
    Quando um ser humano se vê numa situação delicada onde precisa do próximo, ele percebe estar sozinho e muitas vezes subjugado por ele demonstrar falha para o indiferente.
    A indiferença é a ausência daquele amor sublime, do amor produtor de vidas. Se a sociedade se deu conta que a Educação é responsável pelo futuro melhor, o mesmo deveria fazer com esta fraca relação indiferente com a vida.
    Não será da noite para o dia que melhoraremos as condições para nossos próximos não passarem por tanto sofrimento, mas isso pode começar em casa desde cedo.

    • Carla comentou em 06/02/13 at 0:27

      belo comentário!
      não à toa, como analisada, vejo que o tratamento é direcionado para as questões afetivas, em especial de formação (pai e mãe) para tentar quebrar os padrões afetivos negativos… especialmente criados pela ausência afetiva. Um abraço

  4. Nadja M S Martinho comentou em 02/02/13 at 16:40

    Sei bem o que é depressão. Após vários fatores desencadeantes, e negação constante, finalmente, estou em tratamento há dois anos e meio, em terapia e remédio e, posso dizer, que estou maravilhosa. Por que não procurei tratamento antes??? É um alívio para mim, meus familiares e amigos.

  5. Leonardo Messias comentou em 04/02/13 at 13:29

    Willian, parebéns pelos comentários, construtivo e orientador.

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