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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Renúncia

Por Luciana Saddi
24/01/13 10:07

É frequente os psicanalistas serem procurados para tratar das dores do amor. Amantes impossíveis, paixões descabidas e sonhos frustrados, que certamente nos levarão à derrota, exigem que tenhamos capacidade para renunciar.

Quando um amor nefasto surge é preciso que a gente se veja como um dependente químico em tratamento, alguém que precisa se conhecer e se fortalecer para largar a droga. Portanto, é fundamental, investigar os dramas atuais e os amores do passado, bem como o papel  que esse vínculo desempenha nesse momento de vida.

Toda renúncia pede determinação. É preciso capacidade de lidar com a enorme dor provocada pela falta e perda de um prazer. A ideia é substituir uma satisfação imediata por outra, longínqua; mas a recompensa por esse sacrifício, às vezes, demora e não está garantida. Quem renuncia escolhe ter um buraco dentro de si.

A renúncia é um processo. Costuma ser o fim de uma longa jornada – feita de idas e vindas, ponderações e desespero – que leva à conclusão de que nem tudo que é bom faz bem. Não há fórmula para realizá-la, durante o trajeto cada um se descobre e, simultaneamente, inventa um caminho singular.

A capacidade de se transformar e de aprender com as experiências poderá levar ao desligamento desejado ou a outro lugar ainda desconhecido. O trabalho é árduo porque não se propõe apenas a tirar alguém da nossa vida, deixar tudo como era antes para voltarmos a ser nós mesmos, significa, tirar a gente de nossa própria vida. E ninguém gosta da sensação de ser arrancado de um lugar conhecido para ser atirado na escuridão.

 

 

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Comentários

  1. Célio dos Santos comentou em 24/01/13 at 13:19

    Lu,

    Segundo Mario Quintana
    “Amar é mudar a alma de casa”
    E isso nunca é fácil, principalmente, na hora partida. Talvez por isso muitos estejam escolhendo morar em casas separadas..

    Abraço

    Célio

    • Luciana Saddi comentou em 24/01/13 at 14:05

      linda definicao! algumas vezes precisamos amar mais a gente mesmo e ficar na própria casa!

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