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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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A bela e a fera

Por Luciana Saddi
23/01/13 10:05

Pergunta: Estou com 30 anos e acabei um relacionamento com um rapaz de 32 que é um galinha. A gente não assumiu o namoro publicamente porque ele me enrolava, até eu descobrir que tinha várias mulheres. Ele nunca assumiu que é cafajeste, mas também não quis ficar comigo. Diz que sempre foi assim, nunca conseguiu ficar mais de 3 meses com uma mulher.  Eu gosto muito dele, sei que não é homem para mim, mas não consigo esquecê-lo. Ele às vezes me procura e quase caio na sua lábia. Quero me libertar, só ficaria com ele se ele mudasse.

Luciana: Quem precisa mudar é você. É fundamental assumir certas dificuldades suas para seu próprio bem. A gente se desenvolve à medida em que digere as piores verdades (as melhores também) sobre nós e sobre nossas famílias.

Quantas vezes a gente finge que acredita em algo porque é mais cômodo?  A ingenuidade pode ser um recurso usado pela falta de coragem em se posicionar de maneira mais assertiva na vida ou no amor. Dói lidar com perdas e danos.

É fácil achar os outros errados. É raro um mulherengo se assumir. Esperar que isso aconteça é sinal de negação intensa. É raro uma moça assumir que: gosta de ser mulher de malandro, que gosta de ser enganada, que tem medo de ficar sozinha, que sente ser de extrema importância ter um homem, que faz qualquer coisa por sexo bom, que prefere sofrer na mão de um galinha a ter que se responsabilizar pelas próprias atitudes e loucura.

 

Rubéola

 

Ando sentindo umas flores,

tenho na pele

mares ocultos

e ásperas gotas de sangue.

 

Se durmo,

vaga,

no leito ,

uma lua impaciente.

 

Seca,

Tusso barcos entre escolhos.

Sufoco em perfumes.

Queimo.

 

Mas deixe estar:

breve

todo amor há de secar.

 

Inês Monguilhott (do livro inédito “De Mim”)

Aurea Rampazzo, coordenadora das oficinas de criação literária do Museu Lasar Segall, escolheu o poema para essa pergunta/resposta.

Dica: Thelma e Louise, filme dirigido por Ridley Scott. Pouco, muito pouco, separa a bela da fera.

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Comentários

  1. Tomazo Kenzo comentou em 23/01/13 at 16:33

    Foi na jugular da moça, hein? Hehehe…

    • Luciana Saddi comentou em 23/01/13 at 16:47

      algumas vezes é preciso! navegar é preciso. viver nao é!

  2. anne comentou em 28/01/13 at 17:13

    e na minha jugular tb. Obrigada

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