Casamento: liberdade sexual não impede mágoa nem ressentimento
03/12/12 19:18O casamento vem sendo um grande vilão. Homens e mulheres falam com frequência sobre suas infelicidades conjugais, amantes, separações e devaneios. O devaneio pela internet parece ser a droga do momento. Muitos vivem uma vida dupla, grande parte dessa é virtual. É impressionante a quantidade de insatisfação que a vida conjugal pode propiciar.
As mulheres não são mais frígidas como as de antigamente, poucas reclamam disso e quando reclamam, culpam o parceiro que escolheram. Por sua vez, os homens esperam ter com suas esposas uma ardente vida sexual, mas se queixam da dura rotina do casamento e da falta de desejo e de criatividade delas. Mesmo assim, quem se encontra fora do casamento quer casar e quem está dentro não sabe como sair. E quando fantasias amorosas ou relacionamentos são desfeitos levam ao pior dos lugares.
O casamento simboliza paz, harmonia, felicidade garantida e família feliz para as mulheres. Hoje, também para os homens. Esses, os homens, ainda ocupam o lugar de terem de sustentar uma família. Acreditam que podem ser felizes no casamento e temem a vida dupla, que antes era liberada. Quando percebem a situação infeliz em que se encontram, realizam a vida dupla sob forte culpa. As mulheres, hoje, também realizam a vida dupla. E claro, há muitas separações e novos casamentos realizados sob as mesmas regras: enorme investimento de ambas as partes, ela, no corpo e na festa; ele, no trabalho, para se tornar um bom provedor. E desilusão garantida pela transformação do amor em patrimônio, viagens e filhos. A recém-conquistada liberdade sexual não é capaz de impedir que o casamento se torne o império da mágoa e do ressentimento.
Nossa, achei essa autora meio amargurada. Concordo que assim como há inúmeros casamentos, namoros que ao invés de acrescentar, de somar e de fazer duas pessoas felizes, acabam se tornaram espécie de infelicidade ou de rotina, ou de acomodação. mas da para ser feliz SIM em um casamento, sem precisar exorcizar fora de casa seus desejos, ou procurar em outras coisas a cura para a rotina ou insatisfação da relação. Tudo depende do parceiro, de como as pessoas encaram esse compromisso.
Pura verdade o que autora diz. É apenas um panorama sem maquiagem. As mulheres mudaram, os homens mudaram. Há casamentos à moda antiga que ainda funcionam, mas homens dos dias de hoje e mulheres dos dias de hoje precisam achar outra fórmula para o casamento, pois esta necessidade não vai deixar de existir. Mas tudo que a autora escreveu é exatamente o que senti, achei que se fosse um bom provedor, minha esposa morreria de amores e não seria a chata que ela se tornou. De outra lado, quando outra mulher sacou que eu era um bom provedor (viagens, boa casa etc) não pensou duas vezes em se aproximar e estragar o casamento. Difícil o mundo das mulheres de hoje.
Por que a esposa se tornou tao chata? e a outra conseguiu te conquistar?
Este foi meu dilema. Mas achei explicação em outro texto seu, muito bom por sinal, que discute a violência da mulher. Sou daqueles que preferem a família, uma única mulher. Achei que seria possível e de fato foi no começo, mas não havia perdão nem diálogo sobre os dramas comuns da vida, ela queria uma perfeição que ela própria não era capaz viver e não percebia suas cobranças, de outro lado se mostrava simples, mas era apenas uma certa incapacidade de lidar com suas derrotas; eu era/sou exigente com algumas coisas, achava que qualquer mulher valorizaria os dotes que eu exibia: gostar de limpeza, cuidados redobrados com saúde dos filhos, tranquilidade finaceira. Acabei exagerando para ela perceber, quando deveria ter exaurido as tentativas de informar e explicar o porque das minhas atitudes, falhei nisso. Minha Ex tem até hoje um prazer em me desqualificar, eu nunca consigo agradá-la em nada: uma viagem especial para o exterior, um presente, um carinho… Não é que ela não gostasse de mim ou da relação, mas foi educada para ter uma carreira, vivia o interesse ao mesmo tempo pelo ballet (a mãe queria isso), acho que por essas e outras brigava muito a pobre mãe e a minha ascenção a incomodava inconscientemente. Então na carência, que leva a estupidez, acabei achando conforto nas palavras elogiosas e afirmação da minha masculidade por parte de outra mulher. Tudo que eu fazia aos olhos da concorrente era bom, de fato minha carreira foi meteórica, simplesmente Deus me deu um certo dom para diplomacia e boas conversas, resultado: terceiro na hierarquia da instituição, viagens pelo mundo, bom salário. Isso afetou minha esposa, ela não demonstrava interesse pela boa vida que propocionava a ela, apesar de gostar de que eu pagasse as contas, das viagens, enfim, era como se fosse vergonhoso usufruirmos juntos do meu trabalho, então ela não me dava nada, passou a se embrutecer e eu assediado por todos os lados. Descobri na terapia que era um homem interessante, minha Ex mulher meio que me afundava. Hoje estou tranquilo com essas coisas, mas a violência das palavras dela até hoje ecoam. Aprendi que perdão é obrigação; que diálgo é uma necessidade, como água e comida; que eu entendia pouco do universo feminino; que amor não é um sentimento e com a companheira é amá-la como ela é, com TPM e tudo mais. O resultado como sempre é amargo, vi que era melhor ter me afastado das tentações, a picada final é dolorosa. Hoje estou só, me recompondo, cuidando 50% dos meus filhos, quando antes tinha 100% de modo compartilhado. Traição para mim não valeu a pena mesmo. Mas também viver com uma mulher daquelas foi mortal.
No meu consultório a história se repete e se repete e se repete. Mudam os personagens, mudam as relacoes entre homens e mulheres, mas as regras permanecem assim: guerra conjugal e patrimonio valendo mais que matrimonio!
Com certeza esta é um situação complicada.
Quem é solteiro não deve casar.
A pior coisa é casar com traíra.
O melhor é pular de galho em galho sem compromisso formal algum, como faziam os nossos primeiros antepassados na era paleolítica.
Aproveitar o bem bom, e, descartar, logo em seguida.