A importância de anunciar a separação dos pais para os filhos
05/11/12 11:13Algumas vezes, os pais não conseguem dar a devida atenção ao sofrimento dos filhos porque estão, eles mesmos, muito mobilizados pelo próprio sofrimento – passando por situação de ruptura, dor ou raiva. As mudanças na organização familiar diante da separação ou divórcio não podem ser subestimadas.
Os pais precisam ventilar os afetos entre si, exprimir suas desavenças, confessar o fracasso até amadurecer a decisão do divórcio. Colocar em palavras para não explodir em humores, depressivos ou excitados, que abalam o sentimento de segurança da criança. A responsabilidade pela decisão deve superar as queixas passionais. Se esse processo for bem digerido entre eles, é possível que encontrem as palavras adequadas para expressar para a criança a decisão. Não precisam nem devem explicar os motivos para justificar a culpa.
A grande maioria das crianças percebe o desentendimento entre os pais. Algumas até perguntam se eles irão se separar. É essencial que os filhos sejam avisados do que está acontecendo, desde o inicio do processo judicial, e do que ficará decidido, mesmo quando a criança é bem pequena. Falar de forma clara acerca das decisões tomadas pelos pais e homologadas ou impostas pelo juiz é muito importante.
O divórcio é um estado civil tão honroso quanto o casamento, no entanto, o silêncio em torno dele, o faz parecer sujo, feio e vergonhoso. Quando a separação é vivida dessa forma pelos pais é, também, transmitida para criança, que poderá vivê-la com o teor de imoralidade.
É responsabilidade dos pais conduzir esse processo de forma a garantir para os filhos que os cuidados continuarão após o fim do casamento.
Muitos pais acreditam que os filhos não podem saber a verdade, porque não conseguem aguentar ou compreender o divórcio. O saber adquirido pela psicanálise a cerca da vida psíquica das crianças desmente essa afirmação. A grande queixa dos adolescentes que enfrentaram o divórcio dos pais é não terem sido informados sobre a separação e sobre as consequências em suas vidas. Excluí-los do processo transforma a situação dolorosa em situação traumática.
Ola Lu,
Há 2 anos que estou vivenciando um lento e melancólico processo de separação. No início, foi tudo muito conturbado, com ofensas, mágoas e ressentimentos. Com muita paciência e compreensão fui conduzindo a situação para tentar uma separação menos traumática. Eu diria que suas palavras são sabias, mas dificeis de se colocar em prática. Na separação, impera a irracionalidade e a raiva, e os filhos normalmente são usados como chantagem emocional. Para haver uma separação harnoniosa é praciso que exista harmonia anterior. Roland Barthes foi pródigo em seu livro “Fragmentos de um Discurso Amoroso”. Sempre venho aqui em seu blog para encontrar um ponto de equilíbrio e de reflexão direta e sincera. Abraços.
entendo, é muito difícil enfrentar a separacao de forma benigna, sempre há dor, mas nao precisa haver tragédia. Por isso a ajuda psicológica nesses momentos é valiosa, para que os casais possam se responsabilizar pelos proprios sentimentos, erros, acertos e pelos filhos, que precisam de pai e mae!
Oi Luciana! Gostaria q vc fizesse um comentário sobre as fotos da Nana Gouvêa em NY. Até que ponto a pessoa pode se distanciar da realidade? Acredito que o que ela fez não foi por mal, mas “falta de noção”. Há quem pense o contrário. E vc?
faturar em cima da desgraca alheia? ou procurar ver as coisas com outros olhos? nao temos como saber o que ela quis fazer, mas vc deve levar em consideracao o que sente em relacao a isso, sente falta de nocao? acredite no que sente, mesmo que seja, somente, válido para vc.