"Mulher gincana" se angustia ao não dar conta de tantas tarefas
05/08/12 09:15Fale Comigo na Rádio Folha
Ao longo dos anos os fundamentos do que se conhecia como natureza feminina mudou. O assunto é destaque do programa “Fale Comigo” desta semana.
A mulher durante os séculos 18 e 19 era considerada uma eterna doente. No inicio do século 20 as mulheres sofriam de um distúrbio psicológico chamado histeria, seus sintomas simulavam, de forma inconsciente, paralisias, desmaios e ataques apopléticos.
Em seguida, o movimento feminista tratou de lutar pela emancipação das mulheres e as duas grandes guerras contribuíram para que fossem trabalhar fora de casa e para ocuparem o espaço público.
“O resultado foi a grande transformação do papel da mulher” diz Luciana Saddi, blogueira da Folha.
A psicanalista fala abaixo sobre essas mudanças e destaca o surgimento da “mulher gincana” (termo criado pela psicanalista Raquel Ajzemberg) – que vive angustiada por não dar conta de realizar, com perfeição, os inúmeros papéis a atribuídos a ela.
“Ser excelente profissional, mãe dedicada e atenciosa, bonita, esportista, culta, saudável, sensual, boa dona de casa e cozinheira e ainda, feliz”, afirma a psicanalista.
“A impossibilidade de sustentar, ao mesmo tempo, os vários papéis sociais provoca inquietação e angústia”. Ouçam o podcast: