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O filósofo pré-socrático Heráclito de Éfeso dizia que é preciso ser mais rápido para acalmar um ressentimento do que para apagar um incêndio. Segundo ele as consequências do ressentimento são infinitamente mais perigosas: um incêndio termina depois de destruir algumas casas, enquanto o ressentimento pode causar guerras cruéis, ruina e destruição total dos povos.

Segundo a blogueira Luciana Saddi, o ressentimento é expressão típica dos que vivem somente no registro do direito, jamais no do dever.

“O ressentido transforma uma falta em necessidade de justiça e reparação integral. Nada faz para tornar a vida mais justa, apenas exige ser ressarcido dos prejuízos”, afirma.

Abaixo, a psicanalista fala sobre o perfil de quem guarda ressentimento e as consequências desse ato.

“Deve-se aceitar com ódio, dor e pena a realidade ofensiva, e também com resignação. Transformar o rancor em dor para que o passado irreversível se torne uma possibilidade de um novo começo”, diz. Ouçam o podcast:

http://www1.folha.uol.com.br/multimidia/podcasts/1114399-luciana-saddi-novidades-nao-chegam-para-pessoas-ressentidas.shtml