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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Atrasado na vida

Por Luciana Saddi
31/05/12 10:12

Internauta: Tenho 42 anos. Sou inconstante em tudo: trabalho, namoro, estudos, religião. Corro atrás pra conseguir um trabalho, quando consigo permaneço uns dois ou três meses e tenho vontade de abandonar. Como não consigo dominar esse desejo crescente de sair do trabalho, peço a conta. Com namorada é a mesma coisa. No começo é muito bom, mas depois vai ficando chato, chato, aí, termino o relacionamento. Estou solteiro até hoje por conta disso. Já comecei vários cursos e não termino. O que eu tenho que fazer para acabar com esse sofrimento?

 

Luciana: É angustiante se perceber atrasado na vida e sem condição de investir num empreendimento até o fim. A falta de recursos pessoais para lidar com o cotidiano indica haver uma parte infantil em sua personalidade. Uma problemática complexa que entrelaça baixa tolerância à frustração, idealização, tédio e claustrofobia.

É impossível fazer um diagnóstico por e-mail, apenas traçar umas linhas de pensamento. Se fosse fácil mudar, as análises não duravam tanto tempo e um bom livro de autoajuda seria suficiente. Os analistas lidam com fenômenos complexos: o inconsciente, a resistência para com a análise, o medo de crescer e de se responsabilizar por si são alguns dos obstáculos enfrentados diariamente.  Análise promove conhecimento e cura de forma inseparável e, muitas vezes, chega a machucar, surge dor, desespero e amor até. 

Crescemos à medida que enfrentamos os problemas. Não existe a possibilidade de primeiro crescer para depois enfrentar de forma segura e confiante uma situação difícil. Sugiro que procure ajuda analítica para se desenvolver. Comece enfrentando a possibilidade de estar em análise, mas haja como um cientista e veja o que acontece com você nessa situação. Verá, possivelmente, que repetirá com o analista todos esses problemas, mas, dessa vez terá a chance de fazer diferente, pois poderá examinar cada passo do caminho na companhia de alguém formado para expor as dificuldades dessa mesma situação.

 

Cota 0

 

Stop.

A vida parou

ou foi o automóvel?

 

Carlos Drummond de Andrade

 

Poema escolhido por Ana Tanis, psicóloga, bacharel em letras e curadora de poesia desse blog.

 

Dica: Um lugar qualquer, filme de Sofia Coppola. Um pop star incapaz de qualquer ligação significativa. Dias vazios, tempo inútil e vida sem sentido. Os vínculos são assustadores, podem se tornar um peso emocional esmagador. Não tê-los é pior ainda – a vida se torna insustentável.

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