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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Adolescência: drama e comédia

Por Luciana Saddi
15/05/12 12:28

A adolescência pode ser entendida como uma longa crise marcada pelo trabalho de construção da identidade.

Dois fatores entram em cena:

Primeiro fator: a independência em relação à família. Está em jogo a construção de um novo modo de ser – fora do campo da proteção familiar. O jovem conquista maior liberdade, mas precisa de um longo processo de aprendizagem para lidar, de forma responsável, com essa recente conquista. Exigências crescentes no âmbito social o pressionam, o temor de não corresponder às expectativas aumenta. 

Segundo fator: o corpo sexual. A sexualidade é um desafio enfrentado pelo adolescente. Conquistar esse novo corpo e se responsabilizar por ele é uma tarefa árdua e assustadora. Entram em cena novas formas de relação: amizade, namoro e sexo passam a fazer parte do repertório cotidiano, impondo questionamentos.

A adolescência também pode ser entendida como um longo momento de drama, pois é dominada pelo conflito e pela experiência emocional penosa. Surgem intensos sentimentos de amor e ódio. A transgressão e a rebeldia passam a ser a regra.

Freud, a respeito da adolescência, utilizava a imagem de um túnel em construção, sendo perfurado dos dois lados e ao mesmo tempo. Os engenheiros poderiam apontar a intensidade quase absurda dessa imagem e os perigos de desmoronamento.

A adolescência ocorre em condições sociais e familiares específicas, portanto, pode se configurar como tragédia ou como comédia, de acordo com as circunstâncias, a personalidade e o momento histórico de cada jovem.

Como tragédia porque o risco de surtos psicóticos, de abuso de drogas e suicídio aumenta. Grandes alterações de humor e comportamentos estranhos podem exigir maior presença dos pais. Nem sempre os pais se sentem preparados para dar suporte aos filhos. Alguns estão perdidos, incapazes de conversar ou de impor limites. No entanto a punição não é um meio de impedir maiores sofrimentos. O castigo excessivo não corrige a turbulência nem a confusão do adolescente e de sua família.

A comédia ocorre depois que a adolescência passa. Quando pais e filhos podem rir do que fizeram e do que sentiram.

 

 

 

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