Fibromialgia
26/04/12 14:23Pedi para a psicanalista Silvia Joas Erdos*, que estuda as questões psíquicas da Fibromialgia um texto sobre o tema:
A Fibromialgia caracteriza-se por manifestações como: dor constante, generalizada e crônica, fadiga, indisposição, desânimo e distúrbios do sono.
Há muitas hipóteses de relação causa-efeito, segundo a medicina, para identificar a Fibromialgia, mas apesar de diferentes métodos de avaliação (exames), muitas vezes, não encontramos respaldo científico para a confirmação do diagnóstico. Como não há exames complementares que possam confirmar o diagnóstico, um dos critérios utilizados pelos médicos é a persistência dos sintomas por mais de 3 meses.
O paciente fibromiálgico sobrevive à base de analgésicos, anti-depressivos, ansiolíticos. Não há qualidade de vida e as dores tornam-se, muitas vezes, incapacitantes. É mais frequente ocorrer no sexo feminino.
Para a psicanálise, a Fibromialgia, deve ser incluída no âmbito das doenças psicossomáticas. E é neste enfoque que pretendo me deter. O corpo e a dor que nele reside, são utilizados para organizar nossas emoções que estão sem espaço e sem lugar. Psicossomatizar significa transferir para o corpo sintomas cuja origem vem dos sofrimentos mentais.
Na base da doença psicossomática temos situações traumáticas, não assimiladas, que provocam intenso sofrimento psíquico. Este sofrimento não encontra dentro da pessoa uma explicação, um espaço que o acalme e continua agindo de forma a se tornar uma experiência desconhecida, insuportável e não identificável. Um dos recursos que a mente se utiliza para este alívio é o corpo. É transferida para o corpo esta carga de sofrimento mental. Estas somatizações são necessárias, pois ajudam a pessoa a se organizar psiquicamente. A dor representa o depósito dos conflitos.
Na fibromialgia o paciente frequentemente se queixa de depressão, são melancólicos, trazem um sentimento de mágoa, ressentimento e falta de esperança. Acreditamos que as vivências traumáticas contribuem para o aparecimento dos sintomas. Estas experiências provocam um sentimento de terror (medo), que se manifestam através de um discurso vazio e repetitivo, apático, como forma de tentar achar um significado, achar um lugar para este terror sem nome. Outra característica importante é a insônia. Frequentemente têm sono interrompido, não conseguem dormir. Tudo contribui para agravar a condição da dor no corpo. Sair da vigília e se entregar ao sono e a possibilidade de sonhar é assustador. A possibilidade de se deixar livre e perder o controle sobre si mesmo também é assustadora, na medida em que os sonhos podem representar estes medos. Sonham pouco, estão sempre alertas a qualquer movimento estranho e relatam, quando sonham, pesadelos, perseguições, censuras.
É um grande sofrimento físico e mental. O profissional precisa estar pronto para um acolhimento sem críticas e sem desejo de eliminar os sintomas rapidamente, não esquecendo que eles existem para ajudar a organizar o mundo mental. Portanto a dor é organizadora, e não deve ser julgada pelo terapeuta.
A partir destes pontos podemos pensar que uma melhor maneira de se tratar o assunto é a associação da psiquiatria (uma vez que os pacientes fazem uso de antidepressivos e ansiolíticos) e a terapia. Os analgésicos podem ajudar, mas sua eficiência em relação ao alívio da dor é incipiente. O trabalho é longo, recomenda-se que o paciente frequente o terapeuta pelo menos duas vezes por semana.
* Silvia Joas Erdos é psicóloga e psicanalista membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo e membro do grupo de estudos sobre investigação das expressões corporais da dor psíquica: dor clínica e psicossomática psicanalítica.
Antes, tinha impressão que “FIBROMIALGIA”, era o correspondente para “VIROSE”, quando a medicina não tinha uma resposta adequada para os sintomas…Tanto em um caso, como em outro fica-se a “SENSAÇÃO”, de pouco caso no atendimento e solução do problema, se você sai de lá com uma receita se acha meio COBAIA, se junto vem pedido de exames, que depois dão “NEGATIVOS”, quem já passou porisso, sabe do que estou falando… E quando é sugerido, o auxílio de um PSIQUIATRA, você desinformada “pensa” tá axando que estou louca, inventado doença… Mas não vou mesmo… Eu passei porisso em 1996, com os primeiros sintomas, de lá pra cá, muito se pesquisou sobre o assunto, hoje se não chegou-se a “CURA”, houve avanços no controle dos sintomas, com desenvolvimento de medicamentos, terapias objetivando melhoras na QUALIDADE DE VIDA, eu faço uso do proibidíssimo “REUMAZIM FORTE”, que provoca um monte de efeitos colaterais, por conter cortizona, piroxican, complexo “B” e outros, enfrento a SINDROME DE CUSHING, mas não posso ficar 24 hs. sem o remédio, já tentei tomar os componentes separadamente, mas NÃO FEZ EFEITO, quanto aos ansiolíticos e antidepressivos já usei vários não resolveram. Esse texto ou artigo descreve exatamente o “CONJUNTO DE SINTOMAS”…Eu continuo aguardando uma descoberta milagrosa dos pesquisadores que se dedicam ao assunto, até porque hoje, a FIBROMIALGIA, está difundida no MUNDO, virou preocupação mundial, e com as REDES SOCIAIS, quando aparecer a SOLUÇÃO, se espalhará rapidamente, asssim espero… TÔ SEMPRE PESQUISANDO (PARABÉNS” pela colocação do TEXTO)…
Vania, A fibromialgia ainda continua sendo um desafio para os profissionais. Como você bem descreve,em sua busca de alivio e a conseqüente frustração em não encontrar uma solução. Muito se pesquisou,mas pouco se sabe.
O sofrimento é intenso e as explicações inexistentes. Acredito que as dores aparecem como forma de alerta nos chamando atenção para vários fatores. Um deles é o emocional,que, como psicanalista considero fundamental.. Não no sentido de loucura, como voc§e descreve.Ninguém é louco por sofrer de doenças psicossomaticas,porém a pessoa fica impedida de conhecer outros aspectos importante de sua vida emocional, tendo como único foco as dores.Não é uma relação racional de causa e efeito. Acredito na eficácia de um processo terapêutico na medida em que estando num trabalho conjunto, o terapeuta pode ajudar a dar nomes a emoções que são desconhecidas e que incomodam, prejudicando a qualidade de vida. O caminho é difícil e doloroso até poder achar um ponto de equilíbrio e conviver com as dores. Elas melhoram mas não desaparecem. A interação entre mente e corpo pode se tornar mais pacifica.
Agradeço a sua contribuição. Silvia Erdos
Sílvia, sou fibromiálgica e terapeuta holística, tenho estudado muito sobre o assunto e me observado atentamente para que eu possa decifrar de onde surgem essas dores e toda essa desordem emocional. Tenho fibromialgia há sete anos e só tomei remédio na minha primeira consulta ao reumatologista, depois disso me tratei única e exclusivamente com terapias orientais e tenho passado sem crises ja há algum tempo. Os problemas emocionais sem dúvida funcionam como gatilho e muitas vezes desencadeiam as crises, mas nem sempre é assim, eu apresentava sintomas desde a infância. Tenho um teste no meu site que é parte de uma pesquisa que realizo para fechar um quadro de sintomas comuns a todo fibromiálgico, o que tenho de concreto até o momento é que todos os testes sem exceção mostram pessoas que não exteriorizam as emoções, retêm tudo dentro de si e dificilmente pedem ajuda. Numa visão holística é como se o organismo estivesse pedindo água, todos os órgão relacionados a água são afetados na fibromialgia. Intestino, fígado, rim e bexiga. Espero que possamos trocar informações, pois trata-se de uma grande causa, ninguém deve se acostumar com a dor, aliás, a dor é um alerta, temos que decifrar qual a lição que ela quer nos passar, afinal quem não aprende a lição não passa de ano! Eu reverencio essa síndrome por todas as transformações que ela realizou na minha vida e dedico quase 100% do meu dia a encontrar a sua causa. Obrigada pelo seu empenho! Que você tenha uma semana de muita paz e harmonia!
Maria Valéria, estando os fatores médicos descartados, continuo pensando na dor como organizadora dos estados emocionais. É verdade que existe aspectos emocionais comuns em pessoas que sofrem de fibromialgia. Mas ,considero importante observar as particularidades, singularidades de cada caso. Senão corremos o risco de padronizar e perder aspectos únicos que é o foco da psicanálise.
Agradeço suas contribuições e estou disponível para troca de informações. Silvia Erdos
FIBROMIALGIA DÔRES NO CORPO
Sou terapeuta em REFLEXOLOGIA,
pelo I.O.R, 75 anos de idade com 44 anos dedicados ao estudo e pesquisa do comportamento humano.
Tenho atendido vários portadores de FIBROMIALGIA,
(DÔRES NO CORPO COM MUITA INTENSIDADE).
Recebendo as técnicas da REFLEXOLOGIA, o Paciente consegue obter ótimos resultados; que proporcionarão assim uma excelente melhora em sua qualidade de vida.
A REFLEXOLOGIA consiste em ativar pontos específicos nos pés, desbloqueando canais
de comunicação com o cérebro, para que este
possa agir, corrigindo assim o problema.
Não tem contra indicação para este
caso e não usa medicamentos
O próprio corpo, equilibrado, promove a cura.
http://www.djalma.com.br
Bairro Santana – Metrô Santana – Zona norte
São Paulo – SP – BRASIL. (BRAZIL)
Tenho fibromialgia a 10 anos.tenho crises e fases boas.faço tratamentos diversos:Massagem,acupuntura,remédios….mas qdo estou em crise as dores são muito forte…espero um dia ficar totalmente sem dor…nesse momento que escrevo estou com muita dor e fadiga…
Boa noite tenho fibro ha um ano e meio e sofro muito nao consigo fazer
há vários post sobre o tema no blog. Procure um psiquiatra ou psicanalista…espero que os tratamentos que te auxilie a enfrentar essa barra!
Bom dia!!! São 3.10 da manhâ, dormi as 22.30 e acordei à 1.30hs, depois de tentar em vão voltar a conciliar o sono, resolvi pesquisar mais um pouco e aqui estou. Fui diagnosticada com Fibro há 10 meses, tive todos estes “gatilhos” e depois de 3 meses na cama com dores que as vezes me faziam duvidar da minha sanidade mental, comecei o tratamento, com antidepressivos e ansioliticos, aliados a um relaxante muscular, pois acordo com dores de cabeça ( como ressaca) e só melhoram com relaxante. De inicio melhorei quase que totalmente, aliei terapia e exercícios de alongamento. Achei que estava bem, pronta pra voltar ao trabalho e uma vida normal, quando sem razões que eu com a ajuda da terapia consiga determinar, volto a sentir dores de cabeça (quase todas as manhãs), insonia e fadiga, estou realmente assustada, sem rumo, tentei ignorar as dores, o cansaço, mas a insonia me traz tudo de volta com mais força, aumentamos a dose de ansioliticos e ainda assim, não durmo mais de 5 horas por noite……..passo os dias meio letargica,,,,,,não sei mais o que fazer. Agradecerei qualquer ajuda!