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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Trauma e superação

Por Luciana Saddi
29/03/12 10:25

 

Há inúmeros eventos que colocam nossa vida em risco ou que ameaçam nossos hábitos mais arraigados. Por que será que alguns desses eventos se transformam em trauma, gerando ataques de pânico, depressão ou até mesmo explosões de violência?

Você já levou um susto? A reação ao susto é sempre muito desagradável. O coração dispara, o rosto esquenta, a cabeça entra em curto circuito. Nessa situação é comum a gente gritar, paralisar sentir a boca seca ou tremer. Os médicos chamam isso de descarga de adrenalina – uma espécie de injeção de ânimo para que o organismo se defenda da ameaça.

No susto, por alguns instantes, somos tomados por uma sensação de morte, essa estranha sensação pode demorar minutos ou dias para passar. Quando esse sentimento de ameaça e de fragilidade permanece, significa que estamos em estado de choque e o trauma se instala.

O trauma indica que o psiquismo não conseguiu absorver o excesso provocado por situações inesperadas ou doloridas. 

Estar traumatizado é uma condição de muito sofrimento, pois a pessoa traumatizada está sempre imaginando e revivendo o evento traumático, é como se o trauma estivesse acontecendo de novo e de novo, numa repetição sem fim.

Por exemplo: você está num carro e ocorre um acidente, uma batida forte num poste, que te machuca. Você se recupera dos ferimentos, mas não consegue mais entrar num carro sem se apavorar, sem esperar um acidente – dentro do carro sente medo, pois a qualquer instante haverá, com certeza, um desastre. Em situações como essa, o tempo e o espaço se congelam no passado.

Pode haver cura para os ferimentos no corpo, mas e para o desastre que se repete na mente?  

A recuperação é possível, desde que haja um trabalho psíquico chamado elaboração. A elaboração funciona como um processo de digestão lenta para assimilar as vivências traumáticas. É importante pensar e conversar sobre o assunto doloroso. Nomear essas experiências traz alivio. Os sonhos e os pesadelos podem surgir e tendem a desaparecer à medida que o processo avança.  

Os psicanalistas acreditam que o autoconhecimento é sempre um bom aliado. E que características e condições individuais contam mais para a superação do que a gravidade do evento.

 

 

 

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