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por Luciana Saddi

Perfil Luciana Saddi é psicanalista e escritora

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Correnteza – Teatro

Por Luciana Saddi
27/01/12 12:59

Quero apresentar a vocês o espetáculo teatral, Correnteza, e o texto que Mauricio Paroni de Castro escreveu sobre esse espetáculo.
Acompanho e admiro o trabalho do diretor e dramaturgo Mauricio Paroni de Castro. Estamos trabalhando numa peça a partir de meus livros e desse blog há algum tempo. Vejam o teaser da peça Fale Comigo.

http://www.youtube.com/watch?v=5yIaYHhcF0o&feature=uploademail

A Idéia Forte de Correnteza
A idéia forte foi criar um lugar mental num ambiente concreto onde se situa o publico. Dois Mestres foram importantíssimos para isso. Explico onde agiram em nosso espaço mental.
Tive, por cerca de um mês, o imenso privilégio conviver com Tadeusz Kantor na Escola de Arte Dramática de Milão, onde ministrou as suas lições milanesas. Pude ouvir diretamente dele: “O espaço da vida é o espaço da arte; ambos confundem-se, compenetram-se e dividem um destino comum; A ‘quarta parede’ não tem sentido porque a necessidade da obra teatral reside nela própria; o espetáculo acontece não para alguém, mas na presença de alguém; atores não podem fingir uma personagem ou representar um texto; o drama e a vida coincidem na criação de um espetáculo-obra de arte.”

Fui aluno e assistente por duas vezes do genial diretor belga Thierry Salmon, morto num acidente de automóvel em 1998 muito jovem, e infelizmente quase desconhecido no Brasil: “Peço ao espectador para fazer um esforço; por exemplo, deixo buracos nas construções para que quem assista possa neles investir. […] Prefiro eu o espectador trace um percurso no espetáculo, que dois espectadores não vejam a mesa coisa. O teatro é um lugar de resistência, um lugar que permite que se viva diferentemente.”
Seguindo as intuições acima transcritas, fizemos o ator recordar-se do texto no mesmo instante da representação (e coincidente com ela), o que contextualiza no presente a estória que conta. A esta estória se acavalam os contos do pai, do avô e do filho. Portanto, os versos de Gabriela Mellão são recordados e vividos ao mesmo tempo, enquanto verso (se fosse pintura, caberia mencionar: desenho) e enquanto emoção (ainda, se fosse pintura, caberia mencionar: cor) diante do público, não necessariamente para o publico.
Há também uma comunicação que liga a nível pessoal o ator, o diretor e o autor, que se dirigem diretamente ao espectador. Nenhuma ingênua e apelativa interatividade. O nosso espectador é visita e intimamente criativa das visões totalizantes encabeçadas pelos versos de Gabriela. Esse nível de comunicação dita a extrema simplicidade da cena, além da interpretação hiper realista utilizada. Criamos uma forma que se assemelha aos tradicionais benshi do cinema mudo japonês. (O benshi – “homem que fala” – ficava ao lado da tela e sua narração era teatral. Freqüentemente interagia verbalmente com as personagens do filme narrado. Criada nas tradições Kabuki e Noh, essas narrações e comentários eram muito importantes na experiência de se assistir ao cinema mudo japonês.). Resta replicarmos quotidianamente, aqui e agora, um enredo transbordante de drama, vida, destinos, com um final que ecoa a alma das personagens na mesma alma de quem o assiste.

Mauricio Paroni de Castro

Texto de Gabriela Mellão
Direção e composição cênica de Maurício Paroni de Castro
Interpretação de Alvise Camozzi
Música de Dimitrij Shostakovitch
Vídeo e fotos: Bruno Nicko | Astronauta Filmes
Fotos divulgação: Ana Fuccia
Operação de luz e contrarregragem: Pedro Castagna
Confecção cenográfica: Sara Gassal e Millonas
Assistentes de direção: Julia Abs e Pedro Barreiro
Assistente de produção: Sylvia Soares
Direção de produção: Rachel Brumana | Substância Produções Artísticas
Concepção: Atelier de Manufatura Suspeita e Substância Produções Artísticas

Classificação etária: 14 anos

SESC Consolação – Espaço Beta
de 2 de Fevereiro a 3 de março de 2012 – Quintas e sextas, 21 horas
rua Dr. Vila Nova, 245
Vila Buarque
telefone: 11 3234-3000

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